quarta-feira, 23 de abril de 2008

Novo Amanhecer



Onde anda as cores da minha tela?
Onde canta o encanto do meu canto?
Onde pisa a saudade que se foi?
Onde grita os gemidos silenciosos?
Onde vejo a grandeza do pequeno?
Onde escuto o barulho do silêncio?

Minhas cores andam onde não sei...
O meu canto silencia...
Os meu pés já não pisam...
Os meus olhos se fecham...
Meus ouvidos nada escutam...

Procuro minhas cores no cinzento amanhecer,
Acho meu canto no cantinho do viver,
Meus pés querem pressa,
Meus olhos se inquietam,
Meus ouvidos estão atentos esperando o acontecer...

Colorindo cada dia vou vivendo,
Vou cantando a esperança do dia acontecido,
Meus pés correm no prumo de minhas andanças,
Meus olhos percorrem no registro do que vê,
Meus ouvidos estão atentos, sim, atentos,
Já escutando, o som do NOVO AMANHECER.

Maria Poesia

Peça Inquietante



Veio a noite,
meu corpo suado e gelado pede aconchego,
em posição embrionária, procuro-me,
em que parte do universo está esse pedaço de mim?
Corro procurando afagar meu coração,
um vento súbito que minh´alma percorre
deixa-me fria e meu corpo treme,
onde anda o calor que preciso?
onde anda meus sonhos aflitos?
serenidade? Já não consigo,
e meu peito se afoga num silêncio inquietante,
vejo a esperança tão distante que meus olhos choram,
que meu ser aquieta-se no abraço do meu peito amigo,
e assisto, num picadeiro,
todos os dias,
a peça inquietante, sofrida,
mas tão cheia de seiva, de verdades,
que é a história da minha vida.

Maria Poesia